O balanço da primeira fase da época, no que diz respeito ao 'jogo' fora das 4 linhas, não é nada animadora para o resto da temporada.
São vários os sinais que devem nos preocupar a todos.
Os árbitros continuam a fazer parte do problema, e não da solução. O seu papel na classificação actual do campeonato é uma prova clara disso.
O benefício aos corruptos tem sido feito não só directamente, mas também por amputar muitas vezes por antecipação jogadores chave dos futuros adversários. O exemplo mais recente foi dado pelo árbitro Jorge Sousa 'limpando' o meio campo do Marítimo antes da visita dos Madeirenses ao antro. E quando isso não chega, dão-se 2 amarelos seguidos a um jogador como se viu.
Não basta ganharmos os nossos jogos. Além dos árbitros, temos mais a enfrentar.
As estruturas submissas de clubes que já foram de gente séria, mas que agora estão cheios de pessoas sem espinha vertebral, corruptos, autênticos parasitas.
Dentro desta esfera, estão Académica, Nacional, Braga e Leiria.
A um nível intermédio, tipo vira-casacas, estão Feirense, Paço de Ferreira e Setúbal.
Aqui estão já quase metade dos adversários na Liga. É muito a enfrentar.
Os restantes clubes vão sendo mais discretos e embora num ponto ou outro possam tomar posições ambíguas, estão mais afastados da influência nefasta da corrupção.
Olhando ao panorama de treinadores, a coisa não fica mais bonita.
A exclusão a que foram devotados os treinadores com passado ligado ao Benfica devia revoltar muita gente, incluindo a própria classe. Mas é um tema pouco debatido, inclusivé dentro do Benfica. Toni, Humberto Coelho e Àlvaro Magalhães são pequenos exemplos de treinadores que não têm espaço para treinar em Portugal.
Daí ser difícil de aceitar que se dê um apoio inequívoco a alguém proveniente da estrutura que mais mal fez ao desporto português nos últimos 30 anos e não se diga uma palavra sobre esta realidade revoltante.
A eleição de Fernando 'Facturas' Gomes para a FPF também vai marcar o resto da época. Não foi coincidência que PC tenha reaberto a sua bocarra no mesmo dia em que FG foi empossado como presidente da FPF.
Aliás, devia ser claro para todos os benfiquistas a contradição de que oficialmente a AF Porto apoiaria Carlos Marta. E Fernando Gomes acabou, em desespero pela oscilação de votos que se previa, por anunciar que PC lhe dava o seu apoio inequívoco. Alguém imagina que Lourenço Pinto, advogado de PC no processo Apito Dourado e presidente da AF Porto fosse contra a vontade de PC?
É nestas águas turvas que o Benfica terá que navegar o resto da temporada. Vai ser muito duro. Resta saber se o clube terá capacidade de lutar contra estas forças que estrangulam a verdade desportiva.
Ao contrário do que muito apregoam, o que deu origem ao Apito Dourado está bem vivo.
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