Não vi o jogo Braga-Benfica. Vê-lo-ei em diferido e tirarei as ilações consequentes. Vi apenas o resumo televisivo. Porém alguns aspetos merecem referência:
Relativamente à época passada ganhámos um ponto, mas, mais uma vez, à semelhança do jogo com o Basileia, deixámos fugir a oportunidade de nos isolarmos na frente. Não é bom sinal. Não é o padrão do “velho Benfica”. Ao menor deslize temos que “matar” o adversário.
Entendo a nomeação do Proença para o jogo, como mais uma provocação ao Benfica dado o histórico de prejuízos desportivos capitais para o nosso clube resultantes da sua atuação e do conhecido diferendo com um alegado adepto Benfiquista. Perdoou uma expulsão por agressão grave e grosseira ao Gaitan que deixaria o nosso clube em vantagem numérica e assinalou a grande penalidade - julgo que a 6ª contra o nosso clube - ao Emerson, muito, mas muito, duvidosa. Em princípio dou o benefício da dúvida ao árbitro; neste caso, poderá tratar-se de vendetta pessoal. Os responsáveis pela nomeação, quanto a mim, revelaram, mais uma vez, enorme insensatez já que, ao fazê-lo, induziram, voluntária ou involuntariamente, um condicionamento importante a uma das equipas. É muito grave!
Há sempre “empenos” nos jogos com o Braga. Porquê? Se não é do cú é das calças! Como é que num estádio novo, elogiado por toda a gente, num jogo desta importância, tem, pela primeira vez, falhas elétricas como as que se verificaram? Os responsáveis da EDP disseram publicamente que não se trata de falha no fornecimento, o “porta-voz” do Braga disse que era por causa dos “picos” de corrente (os “picos” de corrente são devidos a sobretensões que por vezes ocorrem na rede e têm origens diversas). Então a EDP fornece energia elétrica à rede pública com “picos”? Ou é a instalação elétrica instalada no estádio que tem “picos”? Ou os operadores da instalação têm “picos” nas mãos? Ou os dirigentes do Braga têm “picos” na cabeça? Então e os “picos” desapareceram logo que o Braga se apanhou a ganhar!
Os campeões da treta têm várias técnicas para diminuir a qualidade tecnicotática de um adversário que lhes é superior; esta é uma delas. E parece ter resultado. Declan Hill no seu estupendo livro “Máfia do futebol” - já referenciado há tempos pelo nosso ilustre colega Pedro Ferreira -, faz referência a estes apagões como uma das técnicas usadas pelos arranjadores de jogos! Não terá sido isso que aconteceu? Estou convicto que sim.
Eu sei que o nosso clube sustenta a política de não retaliação esperando capitalizar a adesão geral pela atitude contrastante face aos principais adversários - o que se tem revelado totalmente infrutífero. Tal não impede que se exijam responsabilidades a quem de Direito sempre que há irregularidades e que se manifeste publicamente indignação e repúdio pelas mesmas. Assim, defendo que a Direção do Benfica deve exigir um inquérito ao incidente elétrico a realizar por uma comissão tripartida de peritos técnicos nomeados pela Liga, Braga e Benfica que fundamentará a penalização da entidade responsável no caso de se apurar dolo, deficiência do sistema ou de exploração, reservando-se o Benfica o direito de exigir a repetição do mesmo jogo.
Não esqueçamos o velho aforisma:
Um fraco rei faz fracas as fortes gentes.
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