Hoje joga Portugal. Sem o interesse e patriotismo de outrora, que por muito que espalpelizemos redunda sempre em insuficiências e permissividade da estrutura federativa, a agora selecção nacional dos interesses, vaidades, egos e quejandos, joga hoje o seu futuro próximo.
Diz o ditado que o que nasce torto tarde ou nunca se endireita, hoje vou contra isso. Ultrapassada (com sequelas) a era queirosiana profícua em aberrações que provam tudo o que não deve fazer parte de uma selecção, confesso que estou apesar de tudo optimista. É certo que a Bósnia é mais forte hoje do que era há uns anos atrás, e certo também é que temos problemas defensivos (menos do que os bósnios, ainda assim), contudo parece-me que a Bósnia – salvaguardando haverem adversários mais acessíveis – era o adversário ideal.
Numa altura em que todos nos debruçamos sobre as convocatórias de um Paulo Bento de ideias fixas (para não dizermos teimoso), das birras de jogadores e dos ziguezagues federativos, os bósnios eram os únicos capazes de nos unir em torno de algo. Vejo por conseguinte como positivo o ambiente agreste e todo o clima de intimidação em redor da selecção, quiçá algo que nos consiga finalmente unir. Pois ponham de parte as meninices e façam-se homens! Mesmo num batatal!
NDR: E para os que piscaram os olhos ao ver a capa do jornal Record de hoje – como eu, lembrem-se que é apenas sinal dos tempos. O dedo indica o caminho, e doravante é sempre a subir... como em San Sebastián...
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