Na linha do que infelizmente é apanágio de FCPorto e SCBraga, a SC Braga, Futebol SAD emitiu mais um comunicado sui generis a defender o «bom nome da instituição» e as «excelentes relações» entre Benfica e SC Braga e os seus presidentes. Partindo do princípio que a instituição SC Braga e a própria cidade não devam – por uma questão de princípio – ser confundidas com o que vem sendo a era António Salvador/Machado, com episódios lamentáveis em catadupa, aceito de boa fé a maior parte do que lá vem escrito.
O que se torna mais difícil de aceitar é o atestado de estupidez passado aos benfiquistas por Luis Filipe Vieira. O presidente encarnado aparte os incontornáveis méritos na gestão do clube, continua com uma certa predilecção por se rodear por uma corja à qual chama de amigos, e que pela cultura benfiquista que penso ter, considero reprovável.
LFV é um presidente não remunerado e como tal depende das suas empresas e destas relações pessoais, mas os benfiquistas não podem ser complacentes quando as mesmas afectam directa e indirectamente o clube. O ambiente de aberta hostilidade e até de terror vivido em Braga nos últimos anos estão – como LFV conseguirá perceber – intimamente ligados à era Salvador e à óbvia proximidade com Pinto da Costa que se serve dele para espalhar a bílis anti-benfiquista.
Poderemos especular em torno do impacto que as paragens tiveram no desenrolar do jogo, das decisões de Pedro Proença, ou mesmo das invenções de Jorge Jesus, mas objectivamente o que acaba por saltar à vista é a coerência dos cânticos ofensivos, os discursos inflamados de Quim – ainda no meio de uma indigestão que se arrisca a carregar por todo o resto da sua vida - ou mesmo as palavras de Alan, cujo anti-benfiquismo tem fundamentalmente origem na estrutura bracarense e no que Salvador e alguns energúmenos que o rodeiam, lhe transmitem.
Da mesma forma que não perdoo a promiscuidade entre Fernando Martins e Pinto da Costa que sobrepôs os seus interesses pessoais aos do clube, dificilmente virei a desculpar este desfile hipócrita de pessoas sem um mínimo de nível, em que algumas figurinhas execráveis, querem reeditar as antigas cenas de terror das velhas Antas, fiéis à voz do dono que agora disfarça a contínua manifestação dessa vontade através de braços armados em filiais.
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