O discurso sobre como os jornalistas de hoje dão um tratamento diferente  a notícias similares não é novo. E todos os dias se mostra cada vez  mais verdadeiro. 
Fosse por exemplo o Benfica com o pagamento do Witsel em atraso e todos os dias teríamos capas bombásticas sobre a crise financeira do clube, sobre credores que ficaram alarmados...
Já o clube da Palermo do Norte, o verdadeiro inimigo do Benfica, pode não pagar a ninguém que isso é notícia de rodapé, e olha lá! Rodapé com poucas letras.
Não é de hoje esta parcialidade. Ao longo dos anos tem assistido ao preenchimento de lugares estratégicos no desporto televisivo, radiofónico e escrito por gente que vomita ódio pelo Benfica em cada palavra que profere.
Eu sou do tempo em que os jornalistas da RTP Porto não passavam da ponte da Arrábida, pois o seu clubismo era incompatível com trabalhos sobre outros clubes. Quem manda hoje no desporto da RTP? De onde veio o director de comunicação do FCP? Não há dúvidas. A SportTV é outro exemplo. Relatos de jogos do Benfica isentos são coisa rara naquelas bandas. Basta comparar o seu discurso para entender o que aqueles chamados jornalistas percebem de bola. E depois ouvir um relato da Liga Inglesa por britânicos e compreender as diferenças abissais.
Daí ser vital a importância da Benfica TV. 
Desde o princípio que muitos vaticinaram o fracasso a este projecto. Não havia espaço nem mercado em Portugal. E o sucesso reduzido dos canais de outros clubes estrangeiros não mostrava que pudesse ser este o caminho certo de comunicar. 
Estavam todos errados. Esqueceram que se estava a tratar do Sport Lisboa e Benfica. Clube ímpar em tudo.
A Benfica TV mostrou que era mais que um simples canal. Era O CANAL  através do qual o Benfica e os Benfiquistas se poderiam exprimir sem  restrições e sem terem os censores azuis a controlarem as coisas.
E  logo de início, a força deste projecto ficou evidenciada. A campanha de  lançamento do MEO tendo como ancoras os Gato Fedorento e a Benfica TV. E  rapidamente, muito antes do previsto, o MEO tornou-se um 'player'  fortíssimo no mercado do cabo em Portugal.
Também  na forma de comunicar do clube muita coisa mudou. Programas como as  Notícias, debates e transmissões de jogos, em especial das camadas  jovens, deu a conhecer uma parte do clube que a muitos era desconhecida.
A entrevista do 'Zona de Decisão' mostra aspectos por vezes  desconhecidos de atletas, dirigentes ou benfiquistas que se destacam ou  destacaram. 
E  temos pérolas como o programa 'Vitórias e Património'. Um programa do  melhor que já vi fazer em televisão. Pedaços da história do clube, que  num todo, tornaram o Sport Lisboa e Benfica no que é hoje. Um programa  que se exige que passe a DVD.
Ao alargar o seu raio de acção com a compra dos direitos de vários jogos  internacionais, deu um passo no alargamento da comunicação do clube  com o exterior do mundo benfiquista. Passo esse que pode e deve ser  acompanhado de mais outros. 
Continuar a promover o debate de ideias, a  defesa do Benfica, mas também criar um espaço de debate com gente de  outros clubes. Não um espaço para discutir resultados de jogos, mas para  discutir o futebol nos seus problemas, nas suas dificuldades. Talvez  com um tema específico. Algo que congregue outras pessoas e opiniões, e  que faça ver o Benfica como um elemento agregador e não como alguém que  destila ódios e provoca outros.
Daí eu achar que nesse formato, não haveria espaço para gente alinhada a norte. Essa seria a nossa imposição.
Também  dar-se mais voz a mais benfiquistas, nos painéis da BenficaTV.  Aproveitar os que comuniquem melhor, claro, mas promover o debate de  ideias.
A  Benfica TV tem um papel vital no futuro do clube. E olhando ao panorama  triste do jornalismo em Portugal, é mais que hora que continuar a promover esse  papel.
A criação da Benfica TV foi das melhores decisões tomadas nos últimos anos. 
                          
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