António Barreto (não o politólogo) um Benfiquista de gema que faz o favor de nos honrar com as sua visitas, faz normalmente comentários de elevada qualidade, versando temas com muito a propósito. Porque este é actual e trata de um assunto que nos DÓI a todos, achei oportuno publicá-lo.
É através do universo Oliveira que o FCP, alegadamente, controla todo o futebol, graças, sobretudo, às suas ligações com a alta finança, certas elites políticas e à comunicação social. O futebol Português e o desporto em geral representam um dos paradoxos mais sórdidos desta moribunda terceira República. Alcançada a tão desejada liberdade política, estabeleceu-se paulatinamente, no desporto em geral e no futebol em particular, com a cumplicidade de muitos, a ditadura portista, a título de compensação pelos falsos danos do Estado Novo, da promoção da regionalização e da afirmação interna e externa da “nova ordem democrática”. É esta a “arma” do FCP que Pinto da Costa tem sabido explorar com mestria, alimentando a sua alegada sociopatia, graças ao oportunismo de uns e à cobardia de outros e lhe tem permitido subjugar quase todos os clubes. O lobby portista, como um cancro, contaminou demasiadas estruturas locais, nacionais e políticas, com a agravante da militância ativa desde o arrumador de carros ao magistrado, ou ex-ministro. E é esta a fragilidade do nosso Benfica; somos muitos, mas desunidos e não militantes. Seja na vitória seja na derrota! E não temos dimensão política. A chave da viragem reside na capacidade de nos unirmos. De percebermos, apesar de todas as diferenças entre nós, o que temos em comum, abandonando discussões patetas que apenas servem a terceiros. Eliminar a dependência do grupo Oliveira é um passo decisivo que tem de ser dado, custe o que custar. E parece possível graças aos poderosos aliados que se perfilam no processo. Por isso também assinei a petição esperando um desfecho favorável. Viva o Benfica carago!!!ANTÓNIO BARRETO
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