O «problema» Jorge Jesus

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الأحد، 11 سبتمبر 2011

O «problema» Jorge Jesus

Este post é para falarmos de bola e da forma como cada um de nós, treinador de bancada catedrático, vê o futebol do Benfica. A parte boa do futebol é isso mesmo: olhamos dois para o mesmo jogo e conseguimos ver coisas totalmente diferentes.

Eu continuo a achar que o Jorge Jesus está a mostrar que não tem unhas para este autocarro. Costuma dizer-se que conseguir algo grandioso uma vez, qualquer um que tenha cérebro consegue. O pior é conseguir repetidamente esse sucesso... e isso Jorge Jesus já mostrou ser pouco capaz, na minha opinião.

Ontem curiosamente esteve no outro banco alguém que reconheço competência e capacidade de comunicação e, acima de tudo, construção para vir a ser treinador do Benfica no futuro, assim haja essa astúcia nos nossos dirigentes.

Mas voltando a Jorge Jesus, será que ele não percebeu que aquela táctica suicida que Ramires e DiMaria disfarçavam pela sua competência táctica e repentismo/velocidade respectivamente, é absolutamente destrutível para o Benfica num campeonato que está longe de ser coerente e honesto?

Ontem voltou a errar e, pior que isso, persistir no erro, voltando aquela táctica estúpida do 4-4-2 que lhe valeu um campeonato à rasquinha há dois anos, às costas de Ramires e DiMaria... e agora parece que quer fazer o mesmo com Witsel e Aimar.

Ontem o belga já não podia com as pernas antes de começar o jogo (viu-se no aquecimento a necessidade constante de fazer alongamentos) e mesmo assim ainda arrancou mais uma exibição de grande entrega, correndo atrás, à frente, à esquerda e à direita. Para rebentar com um jogador a meio do campeonato é óptimo. E quando Witsel fazia de 10... era ver outra vez o Javi Garcia às aranhas como nos anos anteriores.

Com Saviola fora de jogo durante 90', com Gaitan com dificuldades na direita e, especialmente, a defender e com Cardozo a durar apenas os primeiros quinze minutos com mobilidade e a valer apenas pelos dois penalties concretizados... Jesus tardou (e nunca conseguiu) perceber como goleava um Guimarães muito frágil em qualidade... mas ontem muito bem orientado, disfarçando tudo isso com competência, como nos tem habituado Rui Vitória.

O primeiro erro, na minha opinião, passou pela utilização de Witsel de início em vez de Aimar. O belga jogou pela selecção dois jogos em altíssima rotação e estava visivelmente cansado. No ideal teriam ficado os dois no banco para 4a-feira e entrado na 2a parte, mas se ele quisesse optar por um deles em campo... teria que ter sido o Aimar. O meio campo poderia ter sido formado por Javi, Matic e Aimar ou mesmo Javi, Matic e Gaitan com Bruno César na direita (já que ele não tem coragem para apostar no David Simão).

A ausência de Aimar jamais poderia significado o regresso ao suicídio do 4-4-2, mas sim a entrada de Bruno César ou Gaitan para esse lugar. Cardozo na frente, depois de uma ronda internacional com golos era inevitável, mas foi absurdo não o retirar quando estava já esgotado e a perder lances sucessivos, quando tinha um motivadíssimo Rodrigo no banco.

Num momento em que o Rui Vitória tentava o golo, refrescar o ataque com um jogador rápido teria sido a sentença final sobre o Guimarães carregado de amarelos e balanceado na frente. Mais uma vez... não foi capaz.

Uma última nota para o azar que teve Jorge Jesus em dizer antes do jogo que Capdevila só jogará quando Emerson não puder. Logo ontem o Emerson teve uma exibição muito infeliz com culpa evidente no golo do Guimarães...

Na minha opinião continuo a considerar que o que nos tem impedido de ter maior dinâmica no campeonato e exibições mais seguras, são a teimosia de Jesus e a sua persistência em erros, que se junta de forma aberrante a uma falta de capacidade para impor rotatividade num plantel de mais de 27 jogadores.

Claro que esta teoria de «treinador de bancada» vale zero nem é para valer nada, mas não deixa de ser a minha opinião.

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