Caros amigos, vamos lá com mais calma no tema das eleições da FPF. Não será seguramente a eleição de Seara ou Loureiro que vão acabar com o Sistema, nem sequer a eleição de Franco que o vai fazer perdurar. Vamos lá ver isso:
O Sistema em Portugal é composto por diferentes pilares: Desde logo a Imprensa (pela influência do Oliveira), seguindo-se, imagine-se, os regulamentos disciplinares e de competição da Liga (estes controladíssimos pelo Fernando Gomes depois de termos permitido que fossem "desenhados" pelo Guilherme Aguiar... e imaginem, Fernando Seara fazia parte desse grupo de trabalho) - é nesta questão dos regulamentos que entram os delegados e observadores, esses sim os principais responsáveis por os árbitros fazerem o que lhes apetece, simplesmente... porque podem.
Ora, actualmente a FPF serve para muito pouco no quadro do futebol profissional. No limite serve de recurso regulamentar disciplinar (o CJ da FPF é liderado também por gente ligada ao FCPorto). No futuro, além desta componente, passará também a ter a responsabilidade sobre a arbitragem - nomeações.
Quem considerar que passar a arbitragem para a FPF e ter depois esse organismo com uma pessoa isenta é resolver o problema do futebol português... está enganado. Ajudará, claro, a que uma pequena parte do Sistema fique comprometido (as nomeações), mas tudo o resto... continuará entregue aos de sempre.
Ao contrário do que muitos tentam dizer, o problema na arbitragem não está em Vitor Pereira. Nomear os árbitros vale o que vale, quando a seguir há todo um Sistema que influencia a sua prestação através de jogadas de bastidores com os observadores e delegados da Liga. São esses que lhes "vão ao bolso" se lhes derem más notas, são esses que lhes permitem errar... e esses mantêm-se na liga, bem como todo o regulamento disciplinar e da competição que está cheio de "esquemas" que, principalmente, o FCPorto conhece bem.
Para o bastião da FPF representar um factor decisivo, é preciso que haja "mão de ferro" de quem para lá for para comprar uma "guerra" pela credibilidade com a Liga, expondo e desafiando os regulamentos disciplinares e da competição - revisão de castigos (e afins), estrangeiros, etc. - e chamando a si os delegados e observadores. Sinceramente... não creio que Seara seja essa pessoa, Hermínio Loureiro, talvez.
Isto para dizer que, sendo fundamental e de elogiar a vontade e iniciativa do SLBenfica para não deixar que esta eleição seja mais um passeio para o Sistema, é importante que todos percebam que isto não vai resolver os males do futebol português. Longe, muito longe, disso.
Onde se começarão a resolver os problemas do futebol português será na "expulsão" de Joaquim Oliveira do SLBenfica (não esquecer a saída dele da SAD, também), será o fim do financiamento do Sistema que, com isso, controla e "se passeia" na imprensa desportiva promovendo/enterrando jogadores, dirigentes e árbitros, e influenciando a opinião pública.
O rompimento do SLBenfica com o Joaquim Oliveira será o princípio do fim deste e com ele irão todos os que têm protegido as suas manobras financeiras e abrir-se-ão as portas para um novo rumo na imprensa desportiva em Portugal. Daí em diante, todos os corruptos se sentirão menos protegidos. Se juntarmos a esta componente a revisão dos regulamentos da Liga... aí sim.
Isto então para explicar que é importantíssimo que se garanta que o próximo presidente da FPF seja alguém isento e honesto. O SLBenfica estará a fazer o seu trabalho nesse sentido. Mas é preciso que ninguém considere que o trabalho acaba aqui ou sequer que vai resolver seja o que for no imediato. Para algo mudar no futebol português, além da liderança da FPF, é preciso mudar os regulamentos da Liga e correr com o Joaquim Oliveira (pelo menos) do SLBenfica.
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