Acabei de ler uma reportagem especial sobre o MilanLab no jornal Record. Não me vou alongar muito sobre este tema, porque todos conhecemos, relativamente bem, os pressupostos e objectivos do MilanLab (cliquem no link para perceber em detalhe).
Um investimento que começou em 1988 e que deu origem ao MilanLab em 1999. Hoje em dia - e aqui está uma falha da peça jornalística que não explorou essa vertente - o projecto custa ao Milan cerca de 2,5M€/ano... assim de repente custa menos que Eder Luis, que Airton, que Shaffer e Patric ou... Bruno César daria para pagar dois anos e ainda sobrava dinheiro!
No MilanLab os jogadores, ao longo de todo o ano, são tratados como verdadeiros carros de Formula 1, onde todo e cada detalhe é analisado, estudado, interpretado e sobre o qual são produzidas acções com objectivos bem identificados.
Todos os detalhes são importantes e todos são acompanhados, dentro e fora de campo, durante toda a sua ligação ao ACMilan, explicando não só o sucesso histórico do ACMilan, como igualmente o profissionalismo e longevidade de todos os atletas.
Controlo bioquimico, nutricional, físico, até mental, enfim... um investimento gradualmente feito ao longo do tempo, que é hoje o mais sofisticado laboratório bioquimico do Mundo ao serviço de uma equipa de futebol.
Em Portugal, o SLBenfica é o clube que está mais perto desta iniciativa, mas ainda a anos luz de uma realidade sequer semelhante. Começámos essa aposta em 2008 com Quique Flores, Paco Ayestaran e Rui Costa, mas que seja de conhecimento público pouco mais tem sido feito ou investido neste domínio.
Em Portugal e mesmo no Mundo, tudo o resto é um marasmo de falta de visão para estas questões, continuando a preferir-se os camiões de jogadores que satisfazem adeptos a cada página de jornal...
O que acham? Faz sentido, num país como Portugal e num clube como o SLBenfica apostar-se num investimento significativo para perseguir esta linha e ter daqui a poucos anos um laboratório de investigação e análise ao nível do MilanLab, com os proveitos óbvios?
Ou fará mais sentido ter apenas uma aproximação menos exigente em termos analíticos, considerando que Portugal e o SLBenfica não têm as características de "clube de chegada" como o Milan, mas sim de transição para novos e melhores campeonatos?
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