Depois do resultado de 4-1 na 1ª mão eu não acreditava que seria possível o PSV dar a volta á eliminatória. Contudo, até ao minuto 40 as coisas estiveram bastantes complicadas e uma eliminatória que tinha tudo para ser de sonho esteve muito perto de se tornar um pesadelo. Felizmente, os jogadores reagiram e empataram o jogo.
O Benfica entrou para este jogo com algumas surpresas no onze: a ausência de Aimar e a titularidade de César Peixoto numa equipa talhada para o contra-ataque e quiçá a pensar numa gracinha semelhante ao que se verificou nas meias-finais da Taça de Portugal.
Contudo, o Benfica entrou com tudo no jogo e com os olhos na baliza adversária e logo nos primeiros 10 minutos podia ter sentenciado de vez a eliminatória com oportunidades de Gaitán e Saviola. O Benfica entrou forte mas pouco depois deste lance, ao minuto 17 o PSV colocou-se na frente do marcador aproveitando o forte pendor ofensivo do Benfica. Sálvio sai lesionado pouco depois sendo substituído por Carlos Martins e o PSV marca o 2-0 aos 25 numa fase de grande desorientação do Benfica.
Para mim, este perigo deveu-se á péssima gestão do jogo por parte da equipa. Os jogadores têm que saber moderar o ritmo e controlar o posicionamento no relvado e a posse de bola consoante o resultado. Esta equipa infelizmente só sabe jogar a uma velocidade e a inconsistência defensiva causada pela ausência de mais do que um médio que defenda, a instabilidade nos centrais (o Benfica já testou imensos esta época) e os tremeliques de Roberto tornam a equipa menos sólida se não menos entusiasmante.
De qualquer das formas o Benfica reassumiu o controlo do jogo, a entrada de Carlos Martins levou a que houvesse maior controlo da bola e combatividade no meio-campo após o descontrolo que levou aos golos dos holandeses além de que o português contribuía e muito para os desequílibrios ofensivos do Benfica. Se o que disse da equipa do Benfica é verdade, a defesa do PSV parece de papel.
O golo que repôs justiça no marcador chegou já mesmo no fim da primeira parte de uma falta cavada por Carlos Martins e de um livre muito bem marcado por este: os defesas do PSV a dormir deixam que a bola passe por eles na entrada da pequena área, Isaksson alivia mal a bola (algo que deveria ter sido feito por um defesa) e Luisão num remate acrobático gela o estádio do PSV.
Na segunda parte, o Benfica esteve sempre mais perto de empatar que o PSV de dilatar a vantagem, os jogadores recuperaram a tranquilidade e viu-se a importância de dominar a bola a meio-campo: César Peixoto e Carlos Martins davam água pela barba aos holandeses, Gaitán podia ter marcado não fosse Isaksson ter feito uma defesa magistral mas o golo acabou por chegar após falta para pénalti sobre Peixoto.
Desta vez Cardozo não falhou (muito tremi eu) e a eliminatória ficou definitivamente resolvido.
No resto do jogo o Benfica controlou o andamento do jogo não permitindo quaisquer veleidades aos holandeses e com o apito final do árbitro todos os benfiquistas puderam festejar o regresso a uma meia-final europeia após 17 anos de travessia no deserto.
Uma nota final para dois factos que quero salientar: Luisão já leva 30 golos com a camisola do Benfica. É um dos 10 jogadores estrangeiros com mais golos pelo clube. César Peixoto demonstrou definitavemente que o seu lugar não é a lateral-esquerdo mas sim no meio-campo onde, apesar da sua lentidão, oferece uma ajuda preciosíssima a Javi Garcia a nível defensivo mas também consegue fazer muito bem a transição defesa-ataque. Por incrível que pareça acho que o seu posicionamento no meio campo é a chave para dar mais consistência defensiva ao Benfica bem como para a equipa conseguir controlar melhor os ritmos de jogo. Não acredito que mereça ser titular mas é um suplente precioso.
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