Apesar de tudo, foi bonito ver o estádio cheio. Era necessário transmitir aos jogadores a crença da nação benfiquista. E essa corrente de energia reflectiu-se nos jogadores.
A equipa que entrou em campo foi a equipa tipo desta temporada que tão boa conta deu de si em muitos jogos apenas com uma mudança de pormenor: Jardel no lugar de Sidnei.
Os jogadores entraram a todo o gás e fizeram mais uma exibição de gala nesta temporada. Porque será que é tão difícil entrar com esta atitude em todos os momentos cruciais desta temporada? Porque é que os jogos com o Porto para o campeonato não foram encarados com esta atitude?
Independentemente destas questões a equipa criou imensas oportunidades de perigo logo desde os minutos inciais com Saviola endiabrado logo a enviar uma bola ao poste, e Cardozo a moer o juízo á defesa contrária demonstrado pela atitude em campo que buscava o perdão dos adeptos (jogasse sempre com esta entrega e tinha o dobro dos golos que já leva). Fez um grande remate á meia-hora para uma defesa do outro mundo para um guarda-redes que serviu para realmente demonstrar a muita gente o que é um guarda-redes de classe mundial ao contrário do espanholito que temos na baliza. Curiosamente também andou a cheirar o golo nas duas jogadas que originaram os golos.
Para não destoar do duo atacante, os jogadores das faixas laterais estiveram num nível impressionante: Sálvio (que marcou o segundo golo) e Maxi Pereira arrasaram por completo no lado direito e Gaitán e Coentrão espalharam magia no lado esquerdo combinando na perfeição e estando envolvidos nos dois golos na primeira parte. A química entre estes dois jogadores é impressionante e começo a ter sérias dúvidas se quero ver Gaitán no centro do terreno...
Para complementar, Aimar também espalhou magia e inaugurou o marcador. A diferença entre não ser amarelado logo no inicio do jogo...
Na segunda parte Sálvio e Maxi assumiram o protagonismo que na primeira parte foi de Gaitán e Coentrão - isto apesar de estes dois também terem estado bastante bem na segunda metade. Sálvio voltou a marcar após boa jogada individual em que se livrou de dois defesas adversários e Maxi estava com um ritmo alucinante, o quarto golo foi "todo" dele embora também tenha ficado bem o golo a Saviola. Só faltou marcar o Cardozo e bem mereceu o paraguaio não fosse estar na baliza adversária um guarda-redes que impediu o PSV de sair vergado da Catedral com uma goleada histórica... (se quiserem substituir o Roberto na próxima época ofereçam 8 milhões por este - prometo que não me queixo desse negócio)
Contudo, na segunda parte o PSV tentou reagir e ainda criou alguns lances de perigo em que Luisão e Coentrão controlaram de uma forma imperial. São estes dois que mais sentem a camisola e isso nota-se na entrega dentro de campo.
Os holandeses marcaram um golo muito injusto, com mais um erro de Roberto (que até já tinha feito uma boa defesa) a demonstrar que o espanhol está novamente numa fase intranquila a nível psicológico - estas flutuações dramáticas de rendimento não podem ser toleradas quando se tem no banco guarda-redes que são mais regulares e cujo nível numa noite sim não deixa nada a dever a Roberto. Jorge Jesus tem que deixar de ser teimoso e sentar Roberto no banco alguns jogos, isto já se tornou numa novela como a de Cardozo e os pénalties.
Concluindo: um jogo entusiasmante, um resultado que peca por escasso e uma eliminatória praticamente resolvida.
Homem do jogo: Sálvio. Embora Coentrão também merecesse esta nomeação e Maxi merece uma menção pela raça - atirem um saco de dinheiro para o colo do homem para ver se ele renova!
Negativo: Roberto. O capital de confiança e a paciência esgotaram-se.
PS - pjsimões aqui tens a crónica do jogo. Agora se amanhã me atrasar para o trabalho a culpa é tua. :P
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