Durante toda esta semana andava com um mau pressentimento para este jogo. Não só Sálvio e Gaitán ficaram indisponíveis como se viu o Porto a "preparar" este jogo desde a humilhação anterior na Luz com constantes comunicados, manobras e pressões a preparar o terreno feitos por toda a estrutura desde o presidente ao treinador. A juntar a isto somou-se a nomeação habilidosa de Carlos Xistra por parte do CA da FPF para este jogo sem um pio, uma reacção da parte do Benfica. Curiosamente o nosso Presidente decidiu passar uma semaninha de férias no Brasil enquanto que o resto da Direcção dormiu na formatura e deixou tudo isto acontecer.
Quanto ao jogo propriamente dito o Benfica iniciou o jogo com várias alterações em relação aquel que pode ser considerada a equipa tipo: Júlio César na baliza, Jardel a fazer dupla com Luisão, Jara a substituir Sálvio e Peixoto Gaitán além de Carlos Martins jogar a organizador.
O jogo começou com cautelas de ambos os lados mas progrediu de modo favorável ao Benfica que conseguiu ter o controlo da posse de bola e causar alguns calafrios aos portistas nomeadamente através de um cabeceamento de Javi Garcia, de um remate de Cardozo a razar o poste após um ressalto de bola num jogador portista. O Porto por uma vez teve um lance de golo iminente resultante de uma escorregadela infortúnia de Jardel. Falcão completamente isolado rematou apenas com Júlio César na frente mas o brasileiro fez uma defesa de outro mundo. Contudo tornava-se evidente que o Porto começava a jogar de forma incisiva e a procurar dar a reviravolta no marcador enquanto que o Benfica, apesar de ter terminado com maior posse de bola teve menos lances de perigo iminente na área portista e pior que isso os jogadores revelavam uma apatia inaceitável num jogo contra o maior rival do Benfica.
Na segunda parte então foi o descalabro completo. Se na primeira a equipa ainda dominava a posse de bola na segunda o Porto equilibrou as coisas nesse aspecto e francamente apresentaram um jogo muito mais evoluído tacticamente e mesmo tecnicamente que o Benfica. Conseguiam imprimir uma velocidade elevada no jogo quando assim o queriam. Enquanto isso, no banco do Benfica Jesus estava a dormir não tendo feito nenhuma alteração na equipa ao intervalo.
A juntar á festa Xistra e os seus compadres começaram a condicionar o jogo, marcando um fora de jogo inexistente a Cardozo num lance que poderia ter dado golo para o Benfica. Pouco depois Moutinho marca após uma jogada que começou com um corte limpo de Fernando a Jara enquanto que os jogadores do Benfica pareciam que estavam a dormir. Logo a seguir Hulk marcou com uma ajudinha do auxiliar de Xistra que deixou passar um fora de jogo, contudo o golo voltou a surgir de uma jogada em que a bola passou de pé em pé entre vários jogadores portistas num carrossel que deixou a equipa do Benfica sem hipótese de reacção pela conjugação herética de bom futebol com uma roubalheira escandalosa.
O 3º golo foi um lance de infelicidade absurda com a bola a ressaltar em Javi Garcia e a mudar completamente de trajectória enganando Júlio César.
De salientar que se não fosse o brasileiro o Benfica poderia ter saído vergado com um resultado ainda mais escandaloso. Só nesta altura é que Jesus acordou e meteu Aimar para tentar estancar a hemorragia e virar de novo a eliminatória.
O Benfica lá reduziu ao minuto 80 num pénalti mas foi incapaz decontrolar totalmente o jogo e voltar a pôr o marcador a seu favor.
No final vimos o Benfica ser humilhado na Luz, afastado de um título que não deveria ter fugido das vitrinas da Luz após um 2-0 no Dragão e o Porto tem muito reais possibilidades de passar o Benfica em número de títulos no futebol. O Porto tem reais possibilidades de se tornar o maior clube de futebol português em títulos. Como é que é possível isto acontecer?
Eu vou repetir aqui o que já tinha dito na caixa de comentários de outro tópico: a Direcção, equipa técnica e os sócios vão ter que fazer uma profunda reflexão sobre o futuro do Benfica. É totalmente inadmissível que o Benfica deixe de ser o clube hegemónico no Desporto nacional e neste preciso momento o que se verifica é um acumular de erros estapafúrdios desde o treinador que revela incapacidades gritantes na gestão da equipa á Direcção que não consegue criar uma estrutura estável e que defenda o Benfica e seus sócios de todos os roubos e ataques de que é alvo.
Tão simples quanto isto. Vai ter de haver uma reflexão profunda na estrutura encarnada e nos comportamentos de muita gente.
P.S. - Jesus viu a sua margem de manobra diminuir drasticamente após as burrices neste jogo, mas não é o único responsável por este descalabro e quem tem massa cinzenta consegue perceber muito bem porquê.
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