Lá estou eu a teimar em deixar de lado as vitórias ou as ambições europeias, para voltar a insistir naqueles temas que parece que não interessam a ninguém: A FPF e o futuro do futebol português livre de corrupção (ou pelo menos lutando contra ela).
Amanhã há AG da FPF pelos Estatutos. Antecipo que ainda não será desta que os estatutos passam, mas acabarão por passar até final da época, especialmente se a UEFA fizer o que o Laurentino não tem coragem para fazer. Por outro lado, a UEFA é tão intransigente com o envolvimento da justiça civil e dos Governos no futebol, quando toca aos clubes se defenderem, pelo que cabe-lhes manter essa intransigência e actuarem de forma inapelável.
Para bem do futebol nacional, o meu desejo é que o estatutos não passem sem que a UEFA antes penalize fortemente o futebol nacional, dando inicio a uma onda ódio e desprezo do povo pelos poderes sujos e corruptos que mandam neste futebol, nem que para isso tenhamos que vender quatro ou cinco jogadores por não contar com as receitas das competições europeias... Mas acreditem que será ainda pior para o FCPorto e para o SportingCP.
Volto a "bater na tecla" que o tempo que a AFPorto, Braga e Coimbra estão a tentar ganhar para posicionar/negociar com o Madaíl os seus futuros poderes na futura estrutura, com a consequente candidatura do Madaíl, deveria ser o mesmo tempo que o SLBenfica deveria usar para estruturar uma candidatura forte "Anti-Regime" unindo especialmente os clubes que querem ver este futebol corrupto desaparecer para dar espaço a um futebol português com credibilidade.
Há um eixo de poder em Portugal, que sufoca os clubes pequenos e os jogadores portugueses que tem que acabar: Empresários. Ou melhor, não tem que acabar, o que deve é acabar a sua fortíssima influencia no futebol nacional, ditando as regras através de jogos de poder, influencias e comissões. Nao podemos continuar a comportar-nos como um país de terceiro mundo, subjugados aos poderes do dinheiro de meia dúzia de patrões.
Uma nova candidatura à FPF impõe-se assim para trazer impacto directo onde mais doi a essa gente, impondo regras para a contratação de estrangeiros, como tem a Liga Inglesa, por exemplo, ou mesmo a Italiana. Um país com parcos recursos financeiros, com clubes endividados, tem que estimular a formação de atletas nacionais, impondo limites ao número de jogadores estrangeiros nos planteis através de regras qualitativas (internacionalizações, por exemplo) e quantitativas (número máximo por plantel senior e claríssimas barreiras à entrada para para os planteis de formação.
Há que acabar com o império desses empresários que "matam" as ambições dos nossos jovens para dar lugar a brasileiros, argentinos, africanos, etc que aparecem para os clubes sem que acrescentem nada ou sequer que potenciem qualquer receita, antes pelo contrario, têm ordenados mais elevados e ainda implicam a circulação de comissões avultadas.
Importante também a criação de estruturas de avaliação das arbitragens. Com recurso ao Video para despenalizar jogadores de decisões erradas de arbitragens e para penalizar os árbitros por decisões grosseiras. Esta comissão deveria ser composta por elementos representantes da Liga, dos árbitros, da disciplina e DOS CLUBES. Não deveria admitir recursos ou sequer pedidos de avaliação solciitada pelos clubes, funcionando como uma estrutura eleita por votos e não por nomeações.
Uma terceira medida poderia ser, mais uma vez eleita e não nomeada, uma Comissão de Ética e Combate à Corrupção que colaborasse directamente com as instâncias judiciais no sentido de uma vigilância apertada às contas e comportamentos dos Clubes. Novamente, uma entidade com representantes independentes, eleitos em sede de AG e com representantes também do Ministério Publico.
São apenas algumas medidas avulsas que gostaria de partilhar convosco em véspera de AG da FPF.
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