O Benfica entrou para este jogo com uma equipa que foi uma mescla entre a habitual equipa titular e alguns reforços que estão a necessitar de adaptação ao futebol português e/ou ao plantel: Jardel e Carole para a poupança de Fábio Coentrao e Sidnei e Jara também foi titular, um justo prémio pelo rendimento que tem alcançado. Gaitan jogou no lado direito e Jaraa no lado esquerdo com o resto da equipa nas posicoes do costume.
A primeira parte do jogo foi bastante animada e começou da melhor maneira com um golo de penalti por Cardozo (finalmente!) após agressão descarada de um jogador do Paços a Javi Garcia. O segundo golo surgiu pouco depois numa jogada rápida de contra ataque com um passe de Saviola para Aimar passar pelo defesa e fazer a bola passar por debaixo do guarda-redes adversário. O Benfica estava a jogar de forma agradável e descontraída e o Paços tentava responder como podia o que contribuia para um jogo agradavel de se ver. Ao minuto 25 o momento da noite, quando Gaitan marca um golo de bandeira ao canto superior direito da baliza apos slalom de Maxi pelo flanco direito e centro para Cardozo que deu a bola ao argentino. Marcou aquele golo de uma maneira que parecia que estava a fazer coisa mais natural do mundo.
Contudo, pouco depois os pacenses reduzem através de um auto-golo de Carole - um jovem promissor mas muito verde. Nos próximos jogos do campeonato convém po-lo a jogar para ganhar experiência mas na minha opinião o Benfica precisara de mais um lateral-esquerdo se Coentrao sair.
No resto da primeira-parte o Pacos tentou reduzir a desvantagem mas as suas esperancas foram deitadas por terra quando o mesmo jogador que agrediu estupidamente Javi Garcia foi expulso por falta sobre Saviola pouco antes do intervalo.
Na segunda parte, o Benfica levantou o pe do acelerador e o Pacos pouco podia fazer. O jogo teve uma toada morna e procederam-se as habituais substituicoes para poupar jogadores importantes da equipa titular.
O destaque na segunda parte merece ir todo para Nuno Gomes. Entrou aos 76 minutos e em pouco menos de 20 minutos em campo marcou dois golos plenos de oportunidade, primeira a recarga de remate de César Peixoto e depois num movimento complicado quando ficou isolado em frente ao guarda-redes na sequência de um canto. Os dois golos do Nuno serviram para dar outro volume ao marcador e um travo de saudade deste ponta-de-lança. Irónico, que durante épocas inteiras o Nuno exaspera-se tanto os adeptos e agora na sua ultima época no Benfica encante tanto como faz nas poucas oportunidades que tem.
No geral, este jogo foi um bom aquecimento para a verdadeira batalha que se avizinha na Catedral na próxima jornada para defender a honra encarnada e demonstrar de uma vez por todas que este foi o derradeiro campeonato da mentira ao nível de tantos na década de 90.
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