Jogo contra Lyon a papel químico (ao contrário)

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الأحد، 14 نوفمبر 2010

Jogo contra Lyon a papel químico (ao contrário)

Este jogo começou ainda com os fantasmas dos 5-0 da semana passada, não se notava ânimo, os jogadores pareciam perdidos e a falta de vários titulares por castigo só ajudou a evidenciar ainda mais o estado da equipa. Ao contrário de outras ocasiões, o que faltou em organização e entreajuda, os jogadores contrabalançaram com a simples arte que lhes vem dos pés. Apesar de a Naval em boa parte da 1º parte parecer jogar a seu gosto (tal como o Lyon a 12 dias), e várias vezes esteve proxima de marcar (o que vale é que a Naval não é o Lyon) o Benfica com um eficácia pouco usual no decurso desta época acabou por deitar por terra os esforçados mas fracos intentos dos homens da Figueira.

A defesa do Benfica apareceu com 2 alterações forçadas, Rubén Amorim no lugar de Maxi Pereira e Sidnei no lugar de Luisão, e fiquei muito contente com o regresso do Rubén, e como seria de esperar, a jogar ao seu nível, aquele rapaz benfiquista desde nascença não sabe jogar mal, nota-se que joga com a cabeça, mas é o coração que lhe transmite a força para ir até ao fim em qualquer circunstância. O meio campo também teve alterações forçadas, Airton no lugar de Javi Garcia (embora ainda não esteja bem a altura do espanhol é sempre uma alternativa válida) e Gaitán a regressar para o lugar do também castigado Carlos Martins. Aplaude-se também o regresso do Saviola, porque um jogador deste calibre, a não ser por impossibilidade física, é daqueles que nem se pode equacionar a hipótese de o deixar de fora...

O golo de Kardec foi muito importante porque possibilitou que a equipa acalma-se embora também se tivesse de esperar que o "gás" da Naval se esgotasse para que o Benfica realmente tomasse posse do jogo, mas não sejamos cegos, o Benfica ganhou como ganhou (e ganhou bem) porque jogou contra uma equipa muito frágil, que jogou o jogo olhos no olhos e pagou por isso uma factura pesada, simplesmente não tem equipa para o tipo de jogo que tentou implementar na 1º parte.

A 2º parte foi simplesmente o desfecho previsível do que aconteceu na 1º parte, e ainda tivemos hipótese de ver Gaitán mostrar alguma coisa do que é capaz e de ver o Nuno Gomes entrar nas quatro linhas e ao seu estilo, marcar um golinho nem que fosse só com um toque na bola. Ele realmente ainda tem muito para dar ao futebol, só espero que depois de pendurar as botas regresse e ocupe um lugar na estrutura que o realize e que seja benéfica para o Benfica (relações internacionais é a minha opinião).

Agora, porque será que esta equipa anda sempre nos altos e baixos e não tem traquejo para lutar ombro a ombro com um Porto que certamente colocará novamente a distância nos 10 pontos?

Jogadores como Kardec, Gaitán, Jara, Sálvio e Airton (os dois últimos já tem uns meses de experiência europeia) vieram do futebol sul-americano, e eu sempre disse isto como sendo um ponto fraco da política de contratações desta direcção, que devia apostar mais em jogadores já com anos de experiência europeia quando fossem para entrar de estaca no onze principal, e só sul-americanos de origem quando não fossem logo necessários para o imediato mas para "ir evoluindo". Estes jogadores eu acredito, são BONS jogadores. Só que ainda não têm o conhecimento, a experiência, o ritmo do futebol europeu para jogar ao seu mais alto nível, tirando algum caso excepcional (Ramirez) precisarão no mínimo de 1 época de adaptação. Já repararam nos prejuizos que essa política dá? Jogadores queimados, dinheiro jogado fora, equipa fragilizada... Agora o Benfica encontra-se numa encruzilhada, ou realmente embala para o que resta da temporada de bom nível, com a equipa a ganhar novos níveis de confiança, a equipa técnica a conseguir melhor aproveitamento da potencialidade dos jogadores e a direcção a dar o exemplo e deixar-se de negócios estranhos e iniciar uma gestão responsável, e sobre isso mais se falará nos próximos tempos, porque apesar do que alguns dizem, isso pode definir em grande medida o Benfica que teremos nos próximos meses e anos, ou se tal não for o caso teremos no resto desta temporada e sabe-se mais até quando um rendimento desportivo de pára-arranca que nunca possibilitará ao clube atingir os patamares que a sua história o exige.

Esperamos sinceramente que seja desta que esta estrutura do nosso clube consiga arrancar de vez para uma cultura de exigência e vitória.

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