A selecção portuguesa joga daqui a pouco na Noruega com a selecção local, perdão, jogam 11 em campo, um "piloto automático" no banco e mais uns quantos pára-quedas ao seu lado.
No seguimento do tópico do Vermelhusco, O Benfica e o piloto automático da FPF, que está muito bem construído e argumentado, além de o possível candidato merecer o meu aprovamento, acrescento aqui uma outra parte a toda esta história e que bem ou mal se tem safado ás mais duras críticas e responsabilidades pelo estado actual dessa instituição.
O "senhor" Laurentino Dias, representante do poder político para a área do desporto, tem sido tal como o resto do governo um "amigo", isto porque tem deixado a federação fazer o que melhor lhe aprouver, sem interferência além da quase forçada retirada do estatuto de utilidade pública da referida instituição, que já vinha a ser clamada por variados quadrantes por ser inqualificável a inconstitucionalidade dos estatutos da FPF relativamente as leis que vigoram na constituição portuguesa.
Algo que foi feito mesmo por favor, mas que depois não se lhe seguiu nenhuma pressão nem prazo para que a FPF resolve-se essas inconstitucionalidades...não tem utilidade pública? E que diferença faz? É só um estatuto...
O que é facto é que os problemas da FPF não são de hoje, nem de ontem. São problemas que remontam pelo menos desde o caso "Saltillo" e desde que um homem faz parte dos seus quadros dirigentes, o "Senhor" Amândio de Carvalho, menino com claras ligações ao sistema que corrompe o futebol a 30 anos. Enquanto outros dormem na cadeira do poder, ele mexe os cordelinhos para ele e os seu companheiros de café fiquem sempre a ganhar.
Passando a actualidade, a condição da FPF é calamitosa, com o suposto chefe Gilberto Madaíl agarrado a cadeira de poder, o lambe-botas Carlos Queiroz agarrado ao fundo de reforma da indeminização, o piloto automático Agostinho Oliveira, bombeiro da escumalha, todos eles a tentar sacar o deles, enquanto a federação se afunda cada vez mais na sua ingovernabilidade, enquanto jogadores renunciam a selecção para evitar decapitações colaterais, enquanto outros dão a cara e admitem que empatar com o chipre não é mau resultado porque sabem muito bem como as coisas vão lá dentro...
O senhor doutor Luís Horta, da comissão nacional de anti-dopagem, envolvido com a sua equipa de médicos na inspecção médica no estágio da Covilhã antes do mundial, deixou o escândalo do seleccionador Queiroz ser abafado devido a interesses alheios, muito mais importantes que o cumprimento da lei, e aí tenho a certeza que houve mão tanto de Madaíl como Laurentino, de forma a evitar escândalos na selecção lusa durante o Mundial (para não falar de outros interesses)
Numa organização que é tudo menos isso, era obrigação do amigo Laurentino de dissolver a direcção da federação o quanto antes, proceder ele e uma comissão escolhida para o efeito a um detalhado relatório de contas e de inspecção de actas das assembleias federativas, proceder a acusação fosse de quem fosse por comportamentos menos lícitos e implementar uma mudança nos estatutos da FPF de maneira a coloca-la de novo na legalidade!
Depois deveria convocar eleições, ás quais se apresentassem candidatos credíveis, fora do círculo familiar que há no núcleo da federação.
Se Laurentino se pautasse pela seriedade e pelo código de honra e de imagem de portugal no exterior, era isto que ele faria. Se quisesse mesmo que a Federação recupera-se a sua credibilidade junto dos clubes, era o que faria...
Será que ainda vai a tempo?
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