Era uma vez um menino que chegou um dia à Luz como aposta directa do Presidente e do então Director Desportivo do SLBenfica, em parceria com o empresário do jogador, Giuliano Bertolluci.
A história daí para a frente já todos conhecem, desde a forma como conquistou o seu espaço até como criou uma relação, que arrisco chamar de única, com os adeptos do SLBenfica. Daí a expressão que lhe atribuo de "Golden Boy".
Contudo, houve alguém (novamente de elogiar) teve a coragem de rever as condições do jogador e lhe colocar uma fasquia única de valorização com uma clausula de 50M€ que permite ao SLBenfica ter liberdade para negociar o jogador na dimensão da sua qualidade. Pelo exemplo do David Luiz e da intransigência negocial do Presidente, cada vez mais me convenço que a transferência de DiMaria para o Real Madrid estava "prometida" ou "apalavrada", como queiram - tendo limitado totalmente ao SLBenfica a capacidade negocial ou de intervenção de concorrentes que pudessem fazer aumentar o preço de compra.
Portanto, além de "Golden Boy", o David tornou-se uma "Golden Share" que, felizmente, pelo facto de o mercado estar em baixa poderemos ter a felicidade de o ver continuar com o "manto sagrado" em 2010/11. Sabem todos que, na minha opinião, apesar de recear outro cenário, só Cardozo deveria ser aceite ser negociado, desde que por verbas acima dos 25M€.
Falando entrão de Golden Share, tivemos hoje a confirmação da "não-novidade" de a golden share utilizada pelo Governo para vetar a proposta da Telefónica pela parte da PT na Vivo.
Ou seja, poderá estar por meses a entrada de aproximadamente 7,1 mil milhões de euros. Sinceramente, acredito pouco que a PT, para avançar para um investimento na ordem dos 30 ou 40M€ pudesse precisar do retorno da venda da Vivo, mas gostava de explorar esse exercício apesar de, reforço, ser uma situação que não acredito que possa acontecer.
Ou seja, no tópico Vender os dedos, os anéis e ainda dar o "sim senhor" disse que na minha opinião os direitos televisivos deveriam ser negociados mais adiante no tempo e, inquestionavelmente, em regime de concorrência aberta. A minha sugestão, todos sabem, é a realização de um concurso público - possivelmente no final da época de 2010/11 ou mesmo na época seguinte. Contudo, penso que poderia igualmente passar por um "roadshow" entre potenciais interessados nacionais (PT, Ongoing...) ou internacionais (Mediapro, entre outros).
A questão do concurso público ou convite direccionado antes de 2014 implicaria sempre uma antecipação do contrato, de forma unilateral, o que poderia (ou não) incorrer em custos de rescisão com a Controlinveste. É aqui que volto a recordar o que, em tempos, foi explorado por Vale e Azevedo (aparentemente com razão) sobre a ilegalidade dos actuais contratos que vão contra uma norma legal inclusivamente comunitária - a imposição de exclusividade.
Apesar das tentativas de colar o cepticismo do GB neste tema, a um apoio a Joaquim Oliveira está perceptível que esse cepticismo apenas existe porque discordo em total do regime actual de negociação do SLBenfica com o Joaquim Oliveira.
O SLBenfica deveria, na minha opinião, assumir uma total ruptura com actual parceiro de quem os sócios do SLBenfica só têm razões de queixa. Por ruptura entenda-se não garantir qualquer regime de preferência a esse parceiro e manter intransigência em, por exemplo, retirar algumas vertentes do actual contrato, como sejam o site oficial, a linha de apoio a sócios, por exemplo.
Assim, já todos percebemos que 99% dos Clubes não tem qualquer interesse que o SLBenfica assuma esta postura. O Joaquim Oliveira e a Controlinveste iriam perder cerca de 70% das suas receitas, enfraquecendo o maior braço do Polvo que sustenta grande parte desses Clubes e lhes garante a recompensa sobre os "serviços prestados" na viabilização de medidas na Liga ou "comprando" o seu silêncio para que Joaquim Oliveira e Giorgio possam "gerir" a seu bel-prazer o futebol português.
E é exactamente pelo motivo que expliquei no parágrafo anterior que não acredito num cenário de investimento de uma entidade como a PT no "conteúdo futebol", por exemplo, investir nos direitos dos três grandes. O FCPorto nunca aceitaria isso, mesmo lucrando bastante mais financeiramente, pois tem todo o interesse no domínio de Joaquim Oliveira. O Sporting acabou de renovar agora, demonstrando exactamente essa mesma postura e alinhamento.
Mais uma vez, se queremos que algo aconteça ou mude no futebol nacional vamos ter que assumir uma postura de ruptura, de ruptura total. Caso o SLBenfica não crie condições para que entidades concorrentes à Controlinveste tenham retorno com o investimento na parceria com o SLBenfica, arrisco dizer que nenhuma entidade alguma vez irá ousar desafiar o império de Joaquim Oliveira (fecha o ciclo com empresas nas diferentes áreas, garantindo o total domínio do processo). Só o SLBenfica poderá garantir a uma entidade a "protecção" e retorno financeiro que valha o risco de avançar.
E porque falo em risco? Porque Joaquim Oliveira tem "ferramentas" de exposição social como a ZON, TSF, DN, JN ou Sporttv que são autênticos meios de ataque a qualquer entidade que queira entrar no seu "quintal". Se o SLBenfica espera que alguém invista 30 ou mais Milhões de euros e ainda tenham que suportar sozinhos os riscos de desafiar um império instalado à mais de 30 anos e com os contornos sujos que todos conhecemos... desenganem-se!
É por isto que entendo que o SLBenfica deverá assumir efectivamente uma postura definida neste processo, como aliás penso que o está a fazer - mas nunca caminho que preferia que não fosse esse. Ou assume a ligação, como todos, ao Joaquim Oliveira e nesse caso perdemos possivelmente capacidade para chegar aos ditos 30M€ ou mais - e penso que é este o caminho escolhido. Ou assume uma postura de ruptura, de vontade de procurar novos parceiros, capazes de criar valor, inovar no produto e aportar mais valias financeiras superiores. Inclusivamente, poderemos assumir a renovação da parceria... se a Controlinveste for capaz de acompanhar eventuais concorrentes.
Meus caros, isto não é uma tarefa fácil - aguentar a venda de David Luiz por números record em Portugal também não é - mas seria um processo muitíssimo importante para o futuro do SLBenfica se fosse possível desafiar os poderes instalados.
Dado que isso implica tempo, muito muito trabalho e dedicação, assim como coragem e envolvimento, reforço novamente a necessidade sustentarmos a nossa gestão financeira na possibilidade de não ser crítico avançar já nesta época ou na próxima para o incremento dos valores, "forçando" a renovação com o mesmo parceiro. É possível? Não faço ideia... não conheço as contas nem a possibilidade de continuar a passar sem este incremente de valores.
PS- Reparem e atentem que - como sempre - trata-se de uma OPINIÃO PESSOAL que é limitada, como tudo o que aqui escrevo, ao conhecimento que disponho do tema e respectivas variáveis.
Meus caros, isto não é uma tarefa fácil - aguentar a venda de David Luiz por números record em Portugal também não é - mas seria um processo muitíssimo importante para o futuro do SLBenfica se fosse possível desafiar os poderes instalados.
Dado que isso implica tempo, muito muito trabalho e dedicação, assim como coragem e envolvimento, reforço novamente a necessidade sustentarmos a nossa gestão financeira na possibilidade de não ser crítico avançar já nesta época ou na próxima para o incremento dos valores, "forçando" a renovação com o mesmo parceiro. É possível? Não faço ideia... não conheço as contas nem a possibilidade de continuar a passar sem este incremente de valores.
PS- Reparem e atentem que - como sempre - trata-se de uma OPINIÃO PESSOAL que é limitada, como tudo o que aqui escrevo, ao conhecimento que disponho do tema e respectivas variáveis.
Post a Comment