Na opinião do GB, os portistas podem dissimular a saída do Fernando Gomes, os jornalistas podem inventar as incompatibilizações deste com Papa, o nosso Administrador pode "fazer campanha" pelo amigo; o Presidente do SLBenfica pode afiançar que sabe o que está a fazer...
... Mas do GB, faça este senhor o que fizer, nunca terá qualquer perspectiva de apoio ou compreensão. É um homem íntegro? Por favor... todos sabemos os anos e anos que esta personagem esteve envolvida no clube corrupto. De jogador a dirigente, até Administrador, passando por funções em empresas de Joaquim Oliveira, como a Cosmos (sim, a que pagava as viagens aos árbitros)... este escroque esteve envolvido DIRECTAMENTE na lama podre do futebol nacional.
Todos enchem as caixas de comentários do GB com acusações de corrupção perpetuadas pelo Sistema ao longo dos anos. Este senhor faz parte desde sempre desse sistema. Esteve umbilicalmente ligado aos dois patrões do futebol nacional: Joaquim Oliveira e Pinto da Costa.
Os clubes que durante anos e anos têm apoiado e permitido as estratégias de Pinto da Costa e a continuidade da submissão e corrupção no futebol nacional, apoiaram hoje integralmente esta candidatura. Querem ver que do dia para a noite resolveram dar o grito do ipiranga e sair da saia onde se esconderam durante mais de 30 anos???? Repito, os clubes submissos viabilizaram integralmente, até deu para o "showoff" das ausências de Nacional, Braga e Porto... que ridículo!!! Atentem às 10 prioridades de Fernando Gomes:
1. Regular o mercado das apostas desportivas com receitas para os clubes que sustentam a possibilidade dessas apostas existirem; - todos sabemos que é um pólo de corrupção em vários países, já tendo levado à condenação de vários dirigentes e até jogadores. Pretende-se fomentar mais uma oportunidade de obter receitas para o Sistema.
2. Potenciar as receitas comerciais e televisivas dos clubes, por via directa ou indirecta. Nesta área há muito para desenvolver na promoção do produto futebol; - desta medida apenas estranho que não seja a medida nº1. Obviamente que Fernando Gomes será mais um, como Vieira, a considerar Joaquim Oliveira como um amigo, preocupando-se assim em perpetuar o monopólio deste.
3. Sem prejuízo de ajustamentos regulamentares no imediato, construir uma matriz de regulamentos novos para vigorarem a partir de 2011/2012; - O que fora recusado a Ricardo Costa, porque iriam perder o controlo na construção dos regulamentos, será agora permitido a Fernando Gomes, pois fica assegurada a possibilidade de "conhecer os buracos" e fingir que se altera algo.
4. Melhorar o espectáculo de futebol e os estádios para algo mais atractivo, confortável e seguro para as famílias; - Será que vai avançar com medidas de anti-holliganismo e de exclusão dos adeptos violentos dos SuperDragões, que ajudou a financiar, fora dos estádios???
5. Nos últimos anos, vários governantes afirmaram que o futebol profissional é um contribuinte líquido, muito vigiado e cumpridor. É tempo de transformar esse reconhecimento, num quadro normativo fiscal uniforme, coerente com o carácter específico do Desporto, reconhecido no Tratado de Lisboa e que nos restitua a competitividade perante os mercados concorrentes; - com subtileza se aborda o tema do Regime Jurídico das Federações Desportivas, sem o dizer explicitamente. Um dos grandes objectivos do Sistema, a par dos direitos televisivos, é garantir a continuidade dos poderes e a transição com reforço até de poderes no quadro FPF/Liga.
6. Avançar com uma proposta concreta ao Governo para que se enquadrem normas legais para a viabilização do processo de profissionalização da arbitragem. Sem regulação legal a profissionalização não pode avançar; - Conforme o tema anterior, envolvimento governamental, numa altura em que Fernando Gomes mantém uma relação efectiva com o aparelho de estado - Laurentino Dias e o próprio Sócrates.
7. Promover um novo contrato colectivo de trabalho dos jogadores profissionais de Futebol. Uma oportunidade histórica para que a Liga e os sindicatos representativos dos atletas permitam o acesso à profissão a um maior número de jogadores nacionais; - Blá blá blá... ao final do dia 80% dos contratos tem clausulas oficiosas e vencimentos por baixo da mesa para offshores, como FERNANDO GOMES fez com Cebola e Paco Casal, recordados?
8. Criar uma central de compras e serviços na Liga, à qual os clubes podem recorrer com ganhos económicos e uma maior facilidade de gestão da sua tesouraria; - Andreia Couto como responsável por este pelouro onde os "amigos do Sistema" terão a sua oportunidade para enriquecer à conta da Liga de Clubes. Um esquema bem conhecido do passado, e do FCP.
9. Rever o modelo competitivo da Liga de Honra no actual quadro de desenvolvimento do futebol profissional. Esta revisão deve resultar da avaliação integrada que vamos desenvolver de imediato e no mesmo princípio de que a pressa não deve fazer-nos saltar etapas essenciais ao sucesso que procuramos; - Ou seja não vai fazer nada. Obrigado aos palhaços figurantes da Liga de Honra pelos votos.
10. Sediar na Direcção de Competições da Liga um diálogo forte, estruturado e coerente com a Federação Portuguesa de Futebol que vise o objectivo comum da potenciação e do desenvolvimento da modalidade e dos jogadores nacionais; - Nada de novo, quando se pretende à luz do Novo Regime Jurídico das Federações, que seja feita uma transição sem sobressaltos para os "patrões" do futebol nacional. Este ponto, tal como os pontos 5. e 6. mais não é do que a expressão do desejo de garantir esta tranquilidade.
Posto isto, resta-me terminar com a declaração de vitória que Fernando Gomes fez questão de fazer:
«Tenho 58 anos. Sou casado há 34. Tenho 3 filhos. Sou economista. Sou determinado. Sou portista. Sou perfeccionista. Gosto muito de desporto e adoro futebol»
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