No seguimento do tópico FORMAR! Jogadores, equipas e Clubes! que viu nos últimos dias confirmada a estratégia preconizada pelo GB, como comprova o tópico Exercício de Memória GB, há uma parte, recordo que é apenas uma PEQUENA PARTE, da estratégia que tem levantado algumas dúvidas: As parcerias para a formação.
Inserido num conjunto de medidas, o GB falou em "Definição de 5 parcerias na II Divisão B, Liga de Honra e I Divisão para empréstimo anual de jogadores-chave da formação". Para os mais comodistas em ler o tópico, recordo que as medidas passavam por:
- Liderança geral da Formação por Rui Costa apoiando operacionalmente em Nené
- Proposta à FPF de limitação de jogadores estrangeiros nas equipas de formação (máximo 4)
- Integração das selecções de Pré-Escolas no Departamento de Formação
- Definição de 5 parcerias na II Divisão B, Liga de Honra e I Divisão para empréstimo anual de jogadores-chave da formação.
- Definição de 3 parcerias na III Divisão, II Divisão B e Liga de Honra para plano de evolução de formação de treinadores de pois em dois anos ou de três em três anos.
- Modelo evolutivo de treinadores nos escalões de formação, a começar em Pré-Escolas, até aos Juniores e parceiros de futebol Profissional e Semi-Profissional
- Modelo evolutivo de Integração para jogadores nos primeiros dois (a três anos) de senior, de acordo com as parcerias estabelecidas.
- Inclusão anual no plantel senior, de forma selectiva e muito criteriosa, de um a dois jogadores formados no Clube.
Voltando à questão das parcerias que, concordo, é o tema mais relevante e sensível - talvez a par da necessidade de passar a liderança integral da formação para o Rui Costa e de criar um modelo de formação de treinadores - penso que é importante clarificar que o modelo é possível de implementar, mesmo contra o sistema corrupto de submissão existente entre os pequenos clubes em Portugal. Vejamos:
- Os principais alinhamentos dos corruptos em Portugal no momento presente são: Braga, Sporting, Nacional, Académica, Naval, Belenenses, Setúbal e Olhanense. Incrivelmente, estamos a falar de 48 pontos quase garantidos...
As principais preocupações dos azuis são: garantir a permanência dos clubes na Liga Sagres e/ou a promoção dos clubes da Vitalis (caso do Portimonense), assim como a colocação de jogadores aos quais esses clubes não poderiam ambicionar sem o apoio financeiro dos corruptos. O retorno disto, já todos sabemos... basta olhar para a quantidade de jogos "oferecidos".
Só que isto pressupõe a disponibilidade dos corruptos de um conjunto alargado de verbas, tipicamente provenientes de receitas de vendas milionárias e da Champions. Algo que este ano não vai acontecer. Nem umas nem outras, pelo que os "apoios sociais" vão ter que ser mais selectivos e manter-se apenas num nucleo duro pouco exigente e, acima de tudo, na arbitragem (delegados, observadores e árbitros).
Do dito núcleo duro de submissos fazem parte Braga, Académica, Setúbal, Portimonense e Olhanense (o presidente dos algarvios de Olhão, apesar de benfiquista, dá prioridade à existência do Clube).
Portanto, e excluindo o Nacional e o Sporting, abre-se uma janela de oportunidade num conjunto de outros clubes como o Rio Ave, Paços de Ferreira (com o Rui Vitória), Leiria (em litígio com eles) na Liga Sagres. Beira-Mar, Fátima, Belenenses, Estoril na Liga Vitalis. Carregado, Atlético, Louletano, Pinhalnovense e Casa Pia na Zona Sul da II Divisão B. Odivelas, Oeiras, Sintrense, 1º Dezembro e Farense na III Divisão.
Com facilidade poderão reparar que apenas privilegiei clubes perto de Lisboa ou na zona do Algarve (a 2h de carro de Lisboa), onde os jogadores possam estar facilmente integrados numa política de observação e proximidade das suas realidades quotidianas, contribuindo assim para a estabilidade emocional dos jogadores.
Assim, considerando as actuais realidades do futebol nacional, confesso que preferia que o Miguel Rosa e o Ruben Lima não tivessem sido já emprestados ao Setúbal, se bem que com o Manuel Fernandes, penso que poderão ser conseguidos alguns princípios de honestidade, mas nunca fiando. Desta forma, elegeria:
» Paços de Ferreira e Leiria na Liga Sagres;
» Belenenses, Fátima e Estoril na Liga Vitalis;
» Atlético e Pinhalnovense na II Divisão B;
» Odivelas e Oeiras na III Divisão;
(obviamente que esta escolha peca por desconhecimento de outros eventuais compromissos destes clubes com outras entidades)
Os jogadores no primeiro ano de séniores mas que não sejam apostas já confirmadas para o SLBenfica deveriam rodar nos dois limites inferiores (III Divisão e II Divisão B). Os jogadores no primeiro ano de sénior e com elevado potencial na Liga Vitalis e as confirmações como sendo uma aposta efectiva do clube e com capacidade para jogar a nível elevado, possivelmente já no 2º ano de senior, deveriam enquadrar o escalão principal.
Para a Liga Sagres em 2010/11 aposto claramente em: David Simão, Miguel Rosa, Ruben Lima, Roderick Miranda e Nelson Oliveira. Destes, entre o Paços, Setúbal e Rio Ave, o Rui Costa já terá assegurado a presença em equipas da Liga Sagres a todos. Sobram ainda o Leandro Pimenta e o Ismahel Yartey que ainda não terão colocação definida.
Para a Liga Vitalis em 2010/11 aposto em João Pereira (ex Fátima), André Carvalhas (ex Fátima), Romeu Ribeiro (ex Trofense), e Coelho (ex Paços Ferreira), assim como os ex-juniores Lassana Camará, Mário Rui, Danilo Pereira e Ruben Pinto.
Nas divisões secundárias, os atletas com menor expectativa de "explosão" a curto prazo como André Soares, Abel Pereira, Ivanir Rodrigues, etc.
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